“Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite”
21 de janeiro de 2011
20 de janeiro de 2011
Me quer pra você ? Também te quero pra mim. É tudo na mesma intensidade, ou até mais, se não percebeu. É pra monopolizar, ficar em cima ? Eu fico. Em cima, embaixo, do lado, do teu lado. Ei, eu estou aqui não estou ? Olha pra mim, tenta enxergar meus olhos através das minhas palavras, decifra, eu sei que você consegue, sei que você quer tanto quanto eu. Essa insegurança ? Eu tenho o dobro. Essa falta ? Sinto o triplo. Agora multiplica tudo, tenho certeza que não vai caber no papel, tem sentimento que nem se fosse escrito no céu caberia.
Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você, ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e, se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que, no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende ?
Vamos combinar que muitas vezes não há nada de tão imprevisível, de tão inimaginável, muito menos entrelinhas, muito menos mau-olhado. A gente sabe, por memória das andanças, para onde a estrada de certos gestos nos leva, mas a gente segue. A gente sabe no que dá mexer em casa de marimbondo, mas a gente mexe. A gente sabe que não vai receber o que espera, mas a gente oferta sempre pela penúltima vez. A gente sabe que algumas praias são traiçoeiras, que não sabemos sequer nadar direito, que o afogamento é a coisa mais provável de todas, mas a gente mergulha. A gente sabe que a realidade, por mais dura que seja, precisa ser encarada com os olhos mais abertos do mundo, mas a gente inventa todo jeito que pode para desviar o olhar.
“ Eles não estavam trocando juras de amor, não andavam de mãos dadas, nem se chamavam por nomes infantis. Não tinha pieguice romântica ali. Mas foi a cena mais doce que eu vi: dois olhares se encontrando. Não só se encontrando: se confortando, se sabendo, se completando. Eu notei que eles eram algo além de amigos, que se desejavam e se protegiam, e foi só pela cumplicidade dos olhos, que deixavam de ser dois e se enlaçavam quatro.”
Não me olhe porque minha maquiagem chama atenção, ou porque o número do meu sutiã te agrada. Não me chame só porque teus amigos disseram que sou bonita.
Me olhe nos olhos porque eles brilham, me procure porque meu cheiro te faz bem. Queira estar comigo porque minha presença te faz sorrir.
Me queira por dentro, como um todo. Não faça como os outros.
19 de janeiro de 2011
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