26 de outubro de 2012


" Eu: Eu quero que tu fique bem.
Alícia: Eu fico bem contigo.
Eu: Eu também fico bem contigo, Alícia! Que porra!
Desisti de deixar meus braços endurecidos no chão e a abracei também. Não dava mais pra fingir ser um robô só pra não deixar as coisas mais difíceis. 
Eu: Eu te amo pra caralho. 
Ela me abraçou mais forte.
Eu: Caralho, Alícia. Tu não sabe como eu fico mal. Isso tem que acabar.
Alícia: Eu sei.
Estiquei minhas pernas no chão, peguei as dela e as coloquei em cima de mim, pra gente ficar mais perto. Dei um beijo na testa dela e fiquei pensando no quanto aquilo parecia ser um sonho ruim, e não a verdade.
Eu: Eu não sei se acredito nessas coisas, mas tudo que eu sempre te falei é verdade. Eu vou ficar contigo.
Alícia: Hm?
Eu: Tu é a certa pra mim. To ligado que daqui a 5, 10, 20 anos as coisas podem ser diferentes, mas…
Alícia: A gente só vai se ver daqui 20 anos?! 
Eu: Calma. Me deixa falar.
Alícia: Por que tu tá fazendo isso, cara? Tu tá acabando com tudo!
Ela começou a socar meu braço, mas eu segurei as mãos dela e a abracei de novo.
Eu: Não to acabando. Me ouve. Tá foda pra nós dois e não vai melhorar se a gente continuar desse jeito. A gente precisa ficar livre um do outro pra seguir em frente numa boa. 
O choro dela já tava mais alto do que o barulho do chuveiro, e até eu já tinha começado a chorar, por mais que tentasse mentir pra mim mesmo que não.
Eu: Eu já te falei que vou ficar contigo. Ninguém no mundo vai ficar no teu lugar. Eu só quero te deixar em paz pra terminar a faculdade, e depois voltar pra nossa cidade se quiser, e não por minha causa. Acredita em mim: a gente vai ficar junto.
Alícia: Eu não consigo acreditar.
Eu: Se tu parar pra pensar, vai conseguir. Eu, pelo menos, tenho certeza de que tu é a pessoa que eu mais gosto no mundo e isso não vai diminuir com o passar do tempo. Só aumentou até agora. Eu acredito tanto nisso que vou te deixar livre. E acredito que tu vai voltar. A gente vai voltar. A gente precisa ajeitar nossa vida antes de fazer parte da vida um do outro. Principalmente eu. 
Abracei ela mais forte. Agora já foi, já falei, isso realmente aconteceu. Encostei minha cabeça na parede gelada e me deixei chorar. Depois de um tempo, ela fez que “sim” com a cabeça.
Alícia: Tudo bem.
A Alícia nunca falava muito quando ficava nervosa. E aquilo foi o bastante. A abracei ainda mais forte. " PQOGSPN - Cap. 108 

Um comentário:

  1. Ai meu Deus do céu!!!! ELES SÃO PERFEITOS JUNTOS, obrigada!!!!! (Grazzy aqui)

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