21 de setembro de 2012


Quando chora e não estou lá. Quando cai e a minha mão está longe. Quando olha para o nada e não estou na direção. Quando dizes que o nexo ficou fora do livro e os cigarros podem te levar longe. Eu quase choro, quase, juro. Eu quase cruzo as fronteiras, ultrapasso paredes de concreto, derrubo a sua muralha e digo: abre os olhos. Porque abrir os olhos te bastaria. Abrir os olhos te curaria uma porção de males, seria como um lenço de papel para as tuas lágrimas, mas tu preferes esses dedos segurando um cigarro, apodrecendo a tua boca bem desenhada e corroendo o esmalte claro dos teus dentes. Onde o teu sorriso vai parar? Onde tu fostes parar? Essa noite quis voltar e quase chorei contendo minhas meias palavras, porque te ver indo e vindo é pior do que viver de apagões. No escuro eu me viro. Sem ti eu ainda estou lidando. Diz que está, diz que é, diz que quer, diz que… Ah, não diz. Quando diz e não faz… Eu quase choro. — Camila Costa (

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