31 de agosto de 2012


Por vezes me falta o ar, em outras me faltam mesmo as palavras.
Eu te amo sem saber escrever, e essa é a novidade: nunca houve o que não soubesse escrever. Agora, olhando todas as suas marcas a minha volta, eu te amo mais e sei escrever ainda menos. Você mudou a direção dos meus verbos. E quanto menos palavras eu tenho, mais amor te dou.
Consegue lembrar-se do que falei? “Eu te amo sorrindo”. Fácil é ser triste, meu amor, cambalear e dirigir ofensas ao amor, ignorando os belos passos que ele dá quase solitariamente. Eu te amo sorrindo, deixando entrar cada mania sua que pudesse me fazer te odiar. E lembra também do que pedi? “Casa comigo?”. Então, casa comigo num dia de chuviscos no nossos jardim sem ninguém saber? Se na hora a voz sumir, é porque o meu amor é justamente a falta de palavras, cada segundo mais, “como o mar ama a lua”.
Camila Costa.

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