2 de junho de 2012


"Nesse caso, não tendo eu outra alternativa além de ser o que eu sou, a você restam duas opções: me ame, ou me deixe. Me queira com tudo o que eu tenho de bom e de ruim, com todas as idiossincrasias e as pequeninas coisas que muitas vezes você nem considera correto. Entenda que eu não escolhi e nem tenho culpa de ser cavalo selvagem: o fato de você conseguir cavalgar comigo depende unicamente da sua destreza. Entenda que eu sou como um gato, variável, inconstante, mas sempre honesto: uma vez que se sabe lidar com ele é garantia de carinho e apego eterno. Caso contrário, arranhões e comportamento arredio são inevitáveis. Se prepare pra me ver fugir ou te ignorar. Quem quer conviver com bichos selvagens deve estar preparado para as intempéries. No mínimo existe a garantia de surpresa e nenhuma previsibilidade, nunca se sabe o que pode acontecer. Pra uns isso pode parecer desesperador, para outros é apenas imensamente emocionante. É sempre seu direito botar na balança e decidir se quer viver assim na corda bamba, numa aventura sem roteiro pré-estabelecido. Mas se me quer por perto, deixa-me ser. Não me tome por pretensiosa por falar desse jeito sobre mim mesma. É apenas uma tentativa de que eu e você descubramos se existe realmente algum laço real, ou se ele é feito de filó. Decifra-me, ou te devoro. Sem dó nem piedade." 
— Priscilla Novaes (Pitty)

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