23 de agosto de 2011


Ela tinha olhos formidáveis, atos imprevisíveis. Parecia ter vivido as mais tempestuosas experiências e conseguido sair dessas de forma elegante, caminhando em salto agulha. Seu sorriso era caloroso, ofuscava mistério e serenidade. Aquele sorriso capaz de curar um enfermo, apaziguar uma guerra, trazer luz e calor aos corações mais insípidos. Essa moça, tão moça, conseguiu despertar em mim a mais estranha e adorável sensação. Incrédulo, indagava-a por que eu teria sido sua escolha, por que dentre tantos melhores que eu, ela havia optado justo a mim. Sorrindo, afagou meus cabelos e disse-me que por tempos, peregrinava entre mundos de olhos vendados, onde destinos se cruzavam, onde optava entre o certo e o errado. Suas bochechas coraram, pude senti-las queimando, quando disse que apenas eu fui capaz de deixá-la sem escolha. Capaz de fazê-la sentir minha presença e a importância desta em sua vida, mesmo de olhos vendados.

Desvencilhar
 

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