21 de novembro de 2010

Tholícia.

Ela tava parada na minha frente sozinha, sem ninguém por perto. Dependendo de como eu agisse, poderia estragar a festa, brigar com ela, trair a confiança do Matt, apanhar pra caralho do namorado dela. Eu também tinha a preocupação de conseguir sair vivo dali. Mas uma vez ouvi num filme uma frase muito boa pra se lembrar quando se tem uma dúvida sobre o que fazer: "Você não está vivo se não estiver vivendo". Tu só vive de verdade quando arrisca, quando erra, quando se arrepende do que faz, quando quebra as regras, quando manda todo mundo tomar no cu e dá um puta beijo na guria que tu gosta. E foi o que eu fiz.

Tive medo de ela me empurrar e xingar até a minha última geração, mas ela correu tão ou mais rápido do que eu pra gente se beijar. Apertei ela tão forte que tive vontade de parar pra perguntar se ela tava conseguindo respirar, mas quanto menos eu falasse, melhor. Ela entrelaçou as pernas na minha cintura e a gente se apoiou na parede do lado da pia. Puta merda, acho que nunca fiquei com alguém com tanta vontade. Acho que ainda ia acabar machucando a guria, mas foda-se, só queria ficar com ela cada vez mais. Tinha medo de abrir os olhos e ver que tava sonhando, ou de soltá-la e ela ir embora. Mas uma hora tive que parar pra poder respirar. Ainda assim, fiquei segurando o rosto dela bem perto do meu.

Eu: Puta que pariu.

Era ela mesmo. Deu risada pra mim e tudo. Tive que rir de volta.

Eu: Caralho, puta merda, porra...

Alícia: Bom te ver também. - ela sorriu.

Meu coração tava tão acelerado que eu tava com vergonha, porque com certeza dava pra ela sentir. Voltei a beijá-la esperando que o tempo não passasse nunca.
Mas uma hora, ele tinha que passar.

Eu: Quem é esse cara?

Perguntei enquanto a gente se beijava.

Alícia: Ninguém.

Eu: Ninguém?

Alícia: Ninguém.

Ela mexeu a cabeça no sentido negativo. Eu não quis saber mais nada. A gente ficou por mais um tempo e, por mim, poderia ficar daquele jeito por semanas.

Alícia: Preciso voltar.

Eu: Não precisa, não.

Alícia: Preciso, sim. - ela riu.

Eu também precisava. A gente ficou parado se olhando por um tempo.

Alícia: Vou passar o fim de semana aqui.

Eu: Tá. - concordei com a cabeça.

Dei um beijo nela e a soltei. Ela saiu dando risada, e eu a puxei mais uma vez e dei um último beijo. Ela voltou pra dentro de casa e eu fiquei parado por mais um tempo, tentando recuperar os sentidos. Nada melhor do que aquilo poderia ter acontecido.

PQOGSPN

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